quarta-feira, 20 de maio de 2020

O Menino e a Árvore
Maurício era um menino muito levado. “Mas antes levado do que malcriado”... sua mãe sempre dizia.
Ele morava em São Cristóvão, lá pros anos 40, na época que bombaram as primeiras histórias em quadrinhos. Seu herói preferido?! Dá até para adivinhar, porque certa vez pegou uma velha toalha de mesa da mãe e, amarrando-a em seu pescoço, subiu numa árvore do quintal e, intrépido — como todas as crianças são, se não tomar uns puxões de orelha de vez em quando —, bradou a plenos pulmões:
— Eu vou voar! — E jogou-se.
Bam!
A pobre mãe escutou o baque e deixando o arroz no fogo, foi ver o que tinha  acontecido.
Por sorte, a árvore não chegava a dois metros e o máximo que Mauricio conseguiu, foram dez chineladas da mãe a caminho do posto médico e três belos pontos no queixo.

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